Interação e Colaboração: a difícil realidade em ambientes virtuais
Prof. Marco Silva & Profª Rosemary Soffner
Nesse painel, primeiramente falou a professora Rosemary, e foi sobre as dificuldades existentes quando se trata de “fazer o trabalho junto” ( co – labor – ação ).
Essa preocupação logo se dá quando o assunto são os ambientes virtuais, ensino a distância, ensino on-line. Mas, será que na educação presencial não temos o problema de interação e colaboração?
A professora logo usou da seguinte expressão: “vejo os olhos, os rostos de vocês e nesse rápido olhar que faço mudo a minha próxima ação em razão disso. Vejam, isso é interação mas não colaboração. Colaboração é fazer com”.
Nos trabalhos em grupo, na presencial, sabemos que muitas das vezes esse “fazer com” não funciona bem assim. É aquele... um pesquisa, outro escreve, outro digita.... e outro ganha a nota.
Então, como é fácil de se deduzir, esse problema de”falta de interação e colaboração” não é um problema exclusivo do ensino a distância.
A presença física (aula presencial) torna possível a “interação e a colaboração”, a distância física (EAD) não significa dificuldade para a “interação e a colaboração”. O maior empecilho, na verdade, está na concepção de ensino e aprendizagem que temos, seja presencial ou a distância.
Criar situações educacionais que favoreçam interações e colaborações depende da concepção de educação que temos e da educação que queremos. Isso não depende, portanto, apenas dos recursos disponíveis.
Importante também: Os alunos devem ser estimulados a reconhecerem o sentido da sua participação.
Interação modifica a ação do outro. Então, aquela idéia de escolha de opções (um programa de TV p.ex.) não é interação. Isso é reação.
Em um ambiente virtual são exemplos de possibilidades de interação: e-mail; chat, fórum, wiki (uma aplicação web onde usuários podem construir, colaborativamente, textos, documentos). Entretanto, não basta ter essas ferramentas. É preciso saber utiliza-las com intencionalidade. Não é saber usar a ferramenta do posto de vista técnico e sim do ponto de vista educacional.
HEIDEGGER: “um instrumento não é bom ou ruim em si mesmo. Depende do uso que se faz dele”.
“Um martelo é ótimo para bater um prego na parede, mas terrível se for utilizado para martelar a cabeça de alguém”.
Importante ainda salientar: Não se deve atribuir à máquina o que pertence ao homem. A Interação não é uma possibilidade dos recursos tecnológicos. "Interação e Colaboração são possibilidades humanas".
Bem, foi o que consegui anotar para passar para vocês. Se algum outro colega que tenha participado lembrar de algo mais, por favor, colabore.
[]s
Jorge
terça-feira, 3 de junho de 2008
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2 comentários:
Caro Jorge,
acredito que o evento deve ter sido ímpar na discussão sobre EaD. Gostei muito dos pontos apresentados pela palestrante. Esse debate do que vem a ser colaboração e interação no processo ensino-aprendizagem, independente se ele é presencial ou não, é muito enriquecedor.
Cláudio.
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