terça-feira, 22 de abril de 2008

Perspectivas para a educação

Marco Silva, em seu livro 'Sala de Aula Interativa', nos diz:

O educador Paulo Freire já chamou nossa atenção para o problema da transmissão: (...) "a educação autêntica, não se faz de A para B ou de A sobre B, mas de A com B, mediatizados pelo mundo". No entanto, pouco temos feito para modificar nosaa histórica tentência ao falar/ditar (p.21).

(...) Estamos agora diante da emergência histórica da interatividade. (...) a tela do computador não é um plano de irradiação, mas um espaço de manipulação, de co-criação, com 'janelas' móveis e abertas a múltiplas conexões. (...) o jovem estudante é o novo espectador menos passivo, mais intuitivo, que tende a 'uma aprendizagem fundada menos na dependência dos adultos que na própria exploração que os habitantes do novo mundo tecno-cultural fazem da imagem e do som, do tato e da velocidade (p.22).

'Favoráveis ou não, é chegado o momento em que nós, profissionais da educação,
que temos o conhecimento e a informação como nossas matérias-primas,
enfrentemos os desafios oriundos das novas tecnologias'
(.p72)

(...) o desafio aqui apontado aos professores é o de dar conta do estilo de conhecimento engendrado pelas novas tecnologias, de modo a fazê-lo redimensionar a sala de aula dotada de novas tecnologias ou não (p.72).

SILVA, Marco. Sala de aula interativa. Rio de Janeiro. Quarter. 4ª ed. 2006.



2 comentários:

Raquel Matos disse...

Muito boa estas considerações postadas por Jorge!
As colocações de Marco Silva são muito instigantes e pertinentes. Elas nos levam a reflexões importantes frente ao uso das tecnologias por alunos e professores.
Ele nos mostra uma nova postura de atitude do profissional docente frente as tecnologias e o trabalho com os discentes.
Particulamente, acho que a leitura deste livro é de suma importância para os profissionais da educação on-line (pode se dizer que até mesmo do ensino presencial), pois nos mostra uma nova maneira de lidar com o conhecimento, suas ferramentas e seus agentes(alunos) co-participativos, ativos e interativos.
Quem ainda não leu,esta é uma sujestão que vale a pena, união de conhecimento e boa leitura.
Raquel Matos

Geraldo Pedagogo disse...

Jorge e Raquel.

Realmente a postagem é muito boa. Mas Raquel, você que atua na gestão escolar pode compartilhar um pouco de sua percepção. Nos colégios em que atuei como coordenador pedagógico percebia este tipo de discurso em muitos professores, mas suas práticas eram muito distantes, acabavam sendo reprodutores da metodologia de ensino que tiveram em sua educação básica e não redimensionavam a sala de aula. Não sei se você sentiu isto em sua escola, mas eu percebi.

Abraços,

Geraldo Junio